Boa Diversão

Destaque do Nokia Trends Mob Jam Expresso que acontece dia 05/07 no SkyLounge, o francês Olivier Raymond nos concedeu essa sensacional entrevista exclusiva, e dentre outras coisas falou sobre suas influências musicais, o projeto Oxia, vertentes da e-music, cena eletrônica no Brasil e a expectativa de tocar aqui no Rio na Expresso.
Saiba um pouco mais sobre o Oxia
Vale a pena conferir

1 - Você começou a carreira de DJ bem cedo, com 15 anos, sendo influenciado por nomes como Afrika Bambaataa, Depeche Mode e New Order. Como foi a evolução do seu trabalho do início até hoje?
Sim, eu comecei a mixar razoavelmente cedo. Mas não pode-se dizer que eu comecei a minha carreira aos 15, foi depois. Eu comecei a fazer um programa de rádio quando tinha 15 para 16 anos, e era um programa de funk, que era o som que eu escutava quando eu era jovem, e essa é a minha primeira e principal influência. Depois de ser influenciado por bandas como Depeche Mode, New Order e etc, eu comecei com a música eletrônica em 93 quando eu conheci Stéphane Deschezeaux (Gino|s), que era mais da cena trance no início, mas rápidamente fomos influenciados pela cena americana de Detróite. Em 94 nós criamos o live OXIA (no começo OXIA eram 2 pessoas, até 2000). Depois a minha música evoluiu com o tempo e experiência e com tudo que nos cercava. Você sabe que você vai ficando velho e o seu gosto vai mudando, então eu passei um período bastante funkeado influenciado pelo Milld, depois, em 2004 com o lançamento do meu album “24 heures”, meu estilo se expandiu, eu queria fazer outras coisas cada vez mais, coisas mais melódicas ou mais electro. E continuou evoluindo até o que somos hoje... eu não pergunto a mim mesmo “que estilo eu toco”, eu faço tracks sem pensar no estilo... eu posso ser mais melódico ou mais minimal ou mais groovy, etc.

2 – Tendo influências distintas como o electro-funk, new – wave e o house de Chicago. Qual é a importância dessa multiplicidade sonora na formação de um DJ?
Eu acho que tendo ouvido todos esses estilos antes e certamente tendo tocado todos eles, me deram uma riqueza de experiências.
No começo eu toquei em festas de estudantes onde eu prescisava tocar diferentes estilos, então isso me fez “mente aberta” musicalmente. Certamente para as produções, as influências pop apareceram de novo nem sabermos, e isso evita eventualmente de ficar preso em um gênero específico. E é sempre interessante combinar diferentes estilos.

3 – Qual é a definição do seu som e quais as suas influências atuais?
É difícil definir o meu estilo, nos últimos 2 anos eu fiz umas coisas bem diferentes, por exemplo as minhas produções, na KOMPAKT Rec. Que eram mais melódicas (DOMINO / NOT SURE), depois eu me tornei de novo mais grooveado e ritmico (Remix Du Butch | On the Line| / Lost Memory). Então, como eu disse antes, eu não me pergunto “a que estilo eu pertenço”. Nesse momento eu pego muito as influências da cena Alemã: 000 and One / Lauhaus / Polder / ... les lables comme Remote Area etc. But also adore Radio Slave / Sebo K / Loco Dice / Guido Schneider / ...

4 – No site Beatport, você ficou em terceiro lugar como artista Techno e em segundo lugar como remixer. Que importância você dá atualmente para uma ferramenta como o Beatport para os DJs e produtores?
Fico sempre lisongeado quando chego no top 3 na tabela de uma ou outra eleição, certamente mais ainda quando a eleição é feita pelo público! Me dá muito prazer saber que as pessoas gostam da minha música! Alguns dizem que não se importam com isso, mas eu acho que a maioria dos artistas ficariam felizes com isso, de qualquer jeito, é muito motivador para o futuro.

5 – Você tocará na oitava edição da festa Expresso, mas muitos DJs já tocaram na festa como seu amigo The Hacker que tocou na primeira edição. Na festa também passaram nomes como Valentino Kanziani, Umek , Thomas Schumacher, Booka Shade e David Carreta. Você já tinha conhecimento da festa antes de ser chamado para tocar?
É muito legal tocar numa noite onde já existem tantos artistas legais. Eu estou muito feliz em retornar ao Rio, como eu não toco no Rio desde a minha primeira visita ao Brazil (em 2001). Eu não conheço muito a cena do Rio, mas Michel ( The Hacker) me contou sobre sua última visita ao Rio e disse que era muito bom e aparentemente foi na festa EXPRESSO, então parece que vai ser uma noite realmente demais.

6- Qual é a visão que os DJs tem da cena eletrônica no Brasil?
Eu ouvi muitos DJ|s bons quando eu fui ao Brasil mas eu não me lembro dos nomes, é claro que tinha o MauMau com quem eu já toquei na primeira vez na Lov.e, Maurício Lopes com quem eu toquei na última vez na D-Edge... No nível de produção tem o Gui Boratto, é claro! Anderson Noise, Cohen, mas eu não conheço muitos mais. Eu sei que tem muitos bons DJ|s de drum and Bass, mas isso não pe muito a minha cena. Muitos dos artistas europeus que vêm tocar no Brasil concordam que aqui se têm muias boas festas e boites, na maior pare do tempo são as festas realmente doidas, onde nos divertimos muito!!! Eu tenho certeza que existem muitos artistas interessantes no Brasil, mas infelizmente nós não vemos eles tocarem na Europa, o que é uma vergonha.

8 – O que o público da Expresso pode esperar da sua apresentação no dia 5 de julho?
Na verdade eu nunca sei o que eu vou tocar antes, depende da galera, do momento, etc. Mas eu tenho uma vaga idéia... eu toco uns sons bem grooveados, com um pouquinho de retorno na percussão, e eu toco algumas coisas nesse estilo. Um mix de techno, com ums sons hauseados, algum minimal, alguns sons melódicos... Como podem ver, eu não consigo definir o que eu toco, você terá que vir e descobrir!

Nokia Trends Mob Jam Expresso

Line Up

Pista Principal:
23:00 às 12:30 Inpacto(TB Records/Tropical Beats)
12:30 às 02:00 João Paulo(Request/Emociona)
02:00 às 04:00 OXIA(Goodlife/Kompakt) - FRA
04:00 às 06:00 Maurício Lopes(Smartbiz)

Pistinha:
01:00 às 03:00 Beto Pedroza(Request Djs)
03:00 às 05:00 Gustavo Tatá(Superbacana Djs)